Posted by Paulo Mauricio | Posted in Esperança , Marciah Pereira , mitologia
Sempre tive curiosidade em saber mais sobre mitologia, mas pra falar a verdade, nunca tive tempo para me aprofundar no assunto. Tantas coisas para fazer, tanto trabalho, muitas pessoas para cuidar e me preocupar, me sobrava pouco tempo para as leituras, estava sempre ocupado.
Hoje, depois de tudo o que aconteceu comigo e com a convivência com a Marciah, que adora ler e pesquisar, me aprofundei no hábito da leitura, de obter novos conhecimentos, afinal se nao for assim, além dos meus dias nao terem fim, continuarei a margem das maravilhas que encontramos nos livros.
Vocês sabem o que é a “CAIXA DE PANDORA”???
A Marciah estava preparando um material para uma consultoria que ela fará e precisou ler mais sobre a “Caixa de Pandora”… ótima oportunidade para mim, que fiquei encantado com o que se descortinou diante dos meus olhos.
Aproveito para dividir com vocês o texto que ela escreveu sobre o tema. Divirtam-se!!
“A CAIXA DE PANDORA” (por Marciah Pereira)
Segundo a mitologia, a Terra era sombria e sem vida.
Os Deuses e a natureza resolveram colocar todas as coisas nos seus lugares.
Os Titãs Prometeu (o que prevê) e o seu irmão Epimeteu (o que pensa depois), foram incumbidos de criar a vida para a Terra.
Epimeteu criou os animais, com suas características distintas, mas ainda faltava um tipo de animal que pudesse servir de “recipiente” para os espíritos.
Pensando nisso, Prometeu molhou um pouco de Terra e com isso criou a argila. Com ela, iniciou o processo de criação deste “animal”, modelando um boneco de forma semelhante a dos Deuses. Assim ele criou a forma do Homem.
Então, Prometeu pegou todas as características que Epimeteu deu para os animais e as pôs no Homem, dando-lhes assim a vida, mais faltava algo ainda mais forte. Atena (filha de Zeus e Métis), uma deusa que admirava a obra dos dois Titãs, deu ao Homem o Espírito, criando assim a Humanidade.
Zeus (aquele que reluz), Deus do Céu e da Terra, 6º filho de Cronos (Rei dos Titãs) e Reia, era muito ambicioso e após destronar seu próprio Pai, numa batalha que durou 100 anos, voltou suas atenções à Humanidade e dela cobrava devoção.
Prometeu e Epimeteu, filhos do Titã Jápeto, mesmo não tendo participado da batalha de Cronos X Zeus, eram considerados inimigos e os seres humanos, uma ameaça constante.
Prometeu e Zeus se encontraram em Mécane (antiga Grécia), para decidirem os direitos e deveres da Humanidade.
Em defesa da Humanidade e pondo a prova a visão clara e justa de Zeus, Prometeu matou um belo e imenso touro e o dividiu em duas partes. Ele tirou os ossos das duas partes, num monte colocou toda a carne e no outro, todos os ossos, cobertos com o sebo e a pele do animal, tornando-a maior que o monte de carne.
Com a intenção de que satisfeitos os Deuses não exigissem tanto da Humanidade e, sabendo da soberba de Zeus, pediu à eles que escolhessem uma das partes e a outra caberia aos homens... e assim aconteceu. Só que Zeus descobriu a farsa e com toda a sua ira, negou à humanidade o último dom, o Fogo, que traria a luz, a inteligência, que manteria a vida....
Para salvar a sua criação, Prometeu roubou uma centelha de fogo celeste e a deu aos homens.
Ao perceber que a claridade que vinha da Terra era o fogo roubado, Zeus ficou revoltado e mandou prender Prometeu. Colocando-o numa corrente que não partiria nunca, na beira de um penhasco muito alto. As águias vinham e comiam suas vísceras, mas como ele era imortal, durante a noite todas as vísceras e tecidos se recompunham, fazendo com que ele passasse a viver em eterno sofrimento.
Antes de ser preso, Prometeu pediu ao irmão Epimeteu que jamais aceitasse qualquer presente que viesse de Zeus.
Zeus, decidido em exterminar a Humanidade, criou junto com os outros deuses, Pandora, uma semideusa, mulher maravilhosa, com os melhores atributos das Deusas, só que ainda mais linda, sedutora, inteligente. Além disso, Hermes, um dos deuses do Olimpo, dotou-a de curiosidade, falsidade e malícia.
Certo de que ela acabaria com a humanidade, Zeus enviou Pandora para Epimeteu e, de presente de casamento, enviou um jarro com tampa, denominado de “caixa”.
Dentro dela, ele colocou todos os males que assolariam e exterminariam a humanidade, causando muitas dores e sofrimentos...
Epimeteu, encantado e seduzido com a beleza e as virtudes de Pandora, esqueceu-se do que Prometeu havia lhe pedido e aceitou o presente de Zeus. Ficou totalmente apaixonado e casou-se imediatamente com ela..
Após o marido adormecer, a curiosidade Pandora veio à tona, ela pegou a “caixa” e a revirou por todos os lados, até encontrar uma forma de abri-la.
Ao abrir a Caixa, Pandora libertou todos os horrores, pragas e males que atingiriam e dizimariam a humanidade... Epimeteu acordou assustado e, vendo o que saía da caixa e a cara de pavor de Pandora, correu até ela e conseguiu fecha-la novamente, deixando um único mal trancado...
Todo o tipo de sofrimento invadiu a humanidade, dores, doenças, catástrofes, miséria, fome...
Porém, nem tudo estava perdido, havia um mal trancafiado no jarro, na “Caixa de Pandora” e justamente esse mal, era o destruidor da ESPERANÇA…
A esperança não murcha, não cansa, não sucumbe a crença. Vão-se sonhos nas asas da descrença, voltam sonhos nas asas da esperança e só o fim da esperança é o começo da morte!
Fonte:
GRIMAL, P. - Dicionário da Mitologia Grega e Romana [ trad. V. Jabouille ] - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2ª ed., 1993;Hesíodo. Os trabalhos e os dias. Tradução de Mário da Gama Khuri ;Hesíodo, Teogonia. Tradução de Mário da Gama Khuri.;VERNANT, J.-P - O universo, os deuses, os homens - São Paulo: Cia. das Letras; Augusto dos Anjos;Charles de Gaule
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